terça-feira, 25 de maio de 2010

O sentir

Hoje escrevo sobre o sentimento.
Escrevo sobre o acto desprezível de sentir eternamente, nunca alcançando a sensação de plenitude ou cumprimento, ao atingir o que tentamos alcançar ou o que tentamos sentir.
Tento escrever exprimindo a revolta do sentir, na confusão do sentimento de quem ama e não pode amar, de quem sente e não pode sentir.
Escrevo pedindo ajuda ao Deus do sentimento. Pedindo ajuda ao sentir para não sentir... Escrevo sem saber o que sinto ao escrever, amaldiçoando a mente que sente.
As palavras soltam-se nestas teclas buscando a razão. Buscando o sentimento que não doi e que traz a verdade do sentir.
Queria mais uma vez estar ausente desta prisão eterna do sentir e de tudo o que o sentimento traz consigo neste turbilhão de sensações e razões que me derrubam o ser e a mente, que me atrapalham e arrastam para um destino que não conheço e me vai destruir.
Peço ajuda a quem se mostra, mas ninguém vê o que sinto na minha revolta. Ninguém vê a náusea deste Movimento Perpétuo que não se mexe mas queima e faz sofrer. Ninguém me pode ajudar...

2 comentários:

  1. "A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar."
    espero que para ti o sentir seja apenas "o alimento de pensar" como para Fernando Pessoa e se nao for que pelo menos o sentir nao seja doloroso...
    :|
    rita vargas

    ResponderEliminar
  2. Já imaginaste a vida sem sentir? Nem alegrias, nem tristezas! Não haveria motivação, porque não haveria a necessidade de sentir prazer, felicidade... Não daríamos valor a nada, porque não haveria distinção entre o bom e o mau. Achas que fazia algum sentido? Para mim não!!!
    Beijinho,Mau feitio!

    ResponderEliminar