quarta-feira, 7 de abril de 2010

INÉRCIA

Inércia poderá ser definida como a tendência dos corpos para permanecerem "eternamente" no estado em que estão, se não lhes for aplicada nenhuma outra força.
Esse é também o estado mesquinho de um povo que se concentra na grandeza que já teve, e que por sua própria inércia será absorvida pela Global Vontade que é alheia à sua.
A quem me possa chamar "nacionalista"eu corrijo para não haver confusões mais à frente: Patriota... É o que sou...
Lembro a letra de uma música bem conhecida: "De costas para o mundo, orgulhosamente sós / Glória antiga Volta p'ra nós"
Não penso em virar costas ao mundo ou em voltar a ficar "orgulhosamente sós". Penso sim em quebrar esta inércia, voltar a espalhar pelo mundo o nome de Portugal e dos Portugueses.
Penso em recusar o que nos é imposto, com a força e recordando os nossos Antepassados que morreram pelo nosso País e pela nossa Língua, pela nossa Liberdade, pela nossa Constituição...
Penso em recusar um acordo em que as minhas fronteiras deixarão de existir, ou outro em que a minha Língua vai sofrer e vai ser espezinhada por gente que nem sequer sabe onde é Portugal, nem quem deu independência ao Brazil (por exemplo)...
Não aceito que a minha constituição, que custou o sangue de meu Pai e muitos outros, seja violada por uma coisa "Europeia", que vem acabar com os nossos hábitos e costumes mais antigos...
Recuso que o meu País e a minha gente seja espezinhada por gentes de outros países, que estão cá apenas de passagem. Basta de nos rebaixarmos aos outros... Se for a Espanha, inglaterra ou França tenho que cumprir as leis deles e falar a respectiva língua... Porque é que nós temos que ser diferentes?
Finalmente recuso um Governo que olha para o próprio umbigo e vê o cargo que ocupa como um lançamento político internacional, ou uma maneira de conseguir contactos que podem dar jeito no continuar de uma fortuna pessoal corrupta...
Recuso que um povo se mantenha quieto enquanto fica mais pobre e mais fraco, com diferenças abismais entre as pessoas... Recuso que haja descriminação entre indivíduos, entre profissões, entre regiões...
Se calhar a tão odiada Ditadura era mais justa do que esta Democracia oriantada e decadente...

Amor

De alguns tempos para cá que tenho vindo a meditar sobre a palavra "Amor", e sobre o sentimento em si, tendo assim conseguido chegar a algumas conclusões...
O problema de meditar e chegar a conclusões não é o percurso ou a dificuldade "do Tema"... É o chegar a conclusões:
Quanto mais penso mais estou convencido que o Amor foi algo inventado pelo Homem... Algo que não existe, que ninguém sabe definir, e que muitas vezes é confundido com paixão... Algo que foi inventado para justificar actos e atitudes.
Dizem que o Amor pode mover o mundo... E não acredito... Acredito sim que a entrega a uma causa, ou a paixão por alguém podem mudar o nosso Ser, e assim parece que o mundo muda. Acredito também que num extremo esta entrega ou esta paixão podem mover multidões, e assim mudar o mundo. E disso existem exemplos.
Arriscando criar conflitos, desordem, ou até magoar alguém eu vou ousar afirmar: não acredito no amor... Não acredito numa coisa que não se pode definir, e da qual não temos provas da sua existência, somente da sua inexistência...
A palavra "Amor" tem vindo a ser usada continuamente de forma errada e hipócrita, tentando justificar de tudo um pouco: a morte, a vida, a tristeza, a guerra,... Tem sido continuamente usada, utilizada e desgastada, confundindo mentes e espíritos, esperando a Sociedade uma justificação do seu grande erro: a falta de honestidade e sinceridade...
Os mesmos erros cometi e cometo todos os dias, confundindo-me (ou não) com aquilo que sentimos ou exprimimos, no entanto a honestiade e a lealdade pautam o meu viver e vou tentando não errar...
Tento assim não errar, admitindo sempre que sei que errei... Não escondendo o que sinto pelas pessoas, pelas coisas, tentando mesmo assim não sentir...